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A Estante

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A Armadura de Luz (2023)

Design sem nome.pngCada regresso de Ken Follett a Kingsbridge é uma alegria para milhões de pessoas no mundo. Follett mostrou-nos a cidade inglesa no final dos anos 80 com Os Pilares da Terra, por cá editado em dois volumes. Nele, Tom, humilde, mas determinado pedreiro persegue o sonho de construir uma grandiosa catedral na Inglaterra do Séc. XII. Em 2007, Follett lançou mais dois volumes. Um Mundo Sem Fim leva-nos a Kingsbridge mais de 150 depois da ação do livro anterior e mostra-nos como quatro crianças (descendentes de personagens do primeiro livro) assistem a um assassinato e decidem fazer um pacto de silêncio.

Em 2017, saiu Uma Coluna de Fogo, passada em 1558. Aqui, Ned regressa a Kingsbridge para encontrar uma cidade dividida pela religião. São os tempos da subida de Isabel Tudor ao trono, com a sombra de Maria, sua prima e rainha da Escócia. Em 2020, saiu Kingsbridge: O Amanhecer De Uma Nova Era. Curiosamente, este não continua os volumes anteriores, sendo antes uma prequela d´Os Pilares da Terra, situado no final da Idade das Trevas. Inglaterra é atacada por galeses e vinkings em duas frentes enquanto que três personagens se destacam: um construtor de barcos que fica sem sustento após um ataque viking; uma nobre da Normandia que se casa e tem também que abandonar tudo o que conhece e um monge que sonha transformar a sua abadia em algo bem maior.

Chegamos agora ao quinto volume das visitas de Ken Follett, de regresso a Kingsbridge, agora em A Armadura de Luz e em 1792. Em França há ecos de revolução e Napoleão sobre ao poder. Em Inglaterra, vai chegando o progresso, fazendo com que muitos trabalhadores fabris deixem de fazer falta e de ter sustento. Como sempre, Follett conta o quadro histórico geral ao mesmo tempo que nos faz centrar em personagens profundas. No caso, Amos, que pensaria um dia herdar um negócio de sucesso, mas quando o pai morre demasiado cedo herda apenas dívidas ou Sal, camponesa e fiadora que se vê viúva e sem o filho, requisitado aos 6 anos para trabalhar para uma família nobre. Como sempre, uma história bem contada, que confirma, pela milésima vez, que Follett é um mestre.

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