A Espera (2023)
Acaba de sair pela Iguana, este fabuloso A Espera, considerado, como destaca a capa, pelo The Washington Post e pela Forbes como melhor novela gráfica do ano. Não sei se o será, mas ocupa, pelo menos, um lugar bastante alto nesse top imaginário e sobretudo, subjetivo.
Aqui, Keum Suk Gendry-Kim, sul coreana nascida em ditadura e com estudos e vida feita em França, fala-nos de uma realidade que a tocou de perto. A separação das duas Coreias e a consequente separação de familiares. Tal aconteceu com a mãe e com a tia, sendo que a autora só descobriu esta história quando já era adulta. A história central é a de Gwijá, de 92 anos, que após 70 anos, ainda tem esperança de encontrar o filho mais velho ao mesmo tempo que a Cruz Vermelha ajudou a sua amiga Jeong-Sun a reencontra a irmã.
A Espera usa um traço relativamente simples, a preto e branco, para contar a história de vários cisões, começadas em 1950 e uma parte essencial da história coreana.